Há mais de 10
anos, quando resolvi criar esse blog, eu queria dividir ideias. Disseminar o
que para mim era o sentido das coisas.
Depois de cavar
túneis e decorar os calabouços de minha mente, me perguntei se haveria no
mundo, quem também encontrasse razão nas mesmas interpretações e pudesse ser
tocado por essa gentil escuridão.
Então, o número
já não importava. A questão não era tornar a ideia conhecida, mas observá-la
ser reconhecida.
Eu queria
alcançar, nesses textos postados, um reflexo de outras solidões, outras
desordens e outras nostalgias. E que assim, esse tal leitor semelhante
percebesse sua loucura não tão só, como pude me dar conta de que é a minha.
Foi uma
experiência. E dela pude receber muito mais do que intencionei. Não só
encontrei outras dores que se sentiram abrigadas aqui, como tive a vida tocada
profundamente por muitas delas.
Descarrilhei e
caí; com dor e poesia.
E justamente
por ter cumprido tão belamente seu objetivo, que agora, eu encerro este pequeno
anexo do meu infinito caos.
Obrigada a você
que me leu.
Ah, e muito
prazer, Rosiane Alves.
PS: Quem quiser
acompanhar minha arte, estou no instagram como @entre.letras.r, darei continuidade
aos textos e sobre isso, falarei lá.